E mais um final de semana se aproximava do fim, ou melhor, o ano se aproxima cada vez mais do fim. Mas não é bem isso que eu queria dizer. De qualquer forma, para fechar o último domingo, enquanto eu assistia uma partida da NFL (futebol americano), minha esposa preparou belas asinhas de frango ao molho picante e eu, no intuito de aproveitarmos a noite, abri um vinho para acompanhar. O escolhido da vez foi o Undurraga Terroir Hunter Carmenére 2012.
A Viña Undurraga foi fundada em 1885 sendo que a primeira colheita se deu em 1891. Dai pra frente, só alcançou o sucesso, sendo inclusive a primeira vinícola chilena a exportar para o exigente mercado americano em 1903. Desde então muitas visitas ilustres e lançamentos de vinhos de alta qualidade fizeram da vinícola um símbolo de prosperidade no Chile. Possui vinhedos espalhados nas melhores zonas vinícolas do Chile e são dedicadas exclusivamente ao cultivo e produção de vinhos.
Já o projeto TH (Terroir Hunter) busca encontrar dentre as diversidades dos terrois chilenos, locais em que o plantio e cultivo de determinadas uvas possam expressar na sua totalidade as características de lá. Tais vinhos exploram não somente as condições climáticas e de relevo das regiões de origem, mas também pregam a mínima intervenção do homem na sua produção. O Carmènére, alvo do post de hoje, tem suas uvas procedentes de um vinhedo de 4,05 ha. plantado em “pé franco” em um solo de argila vermelha sobre rocha granítica decomposta na região de Peumo, na zona ocidental do Vale de Cachapoal, no Chile. Podemos acrescentar que, finalmente, o vinho passa por 12 meses em barricas antes de ser liberado ao mercado. Vamos as impressões?
Na taça o vinho mostrou uma coloração violácea de grande intensidade com bom brilho e pouca transparência. Lágrimas finas, espassadas e ligeiramente coloridas também compunham o aspecto visual.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutas vermelhas frescas, especiarias, chocolate e toques herbáceos.
Na boca o vinho se mostrou de corpo médio para encorpado, boa acidez e taninos finos e macios. Retrogosto confirma o olfato e o final é de longa duração.
Mais um bom vinho chileno provado por aqui, prova de que nossos vizinhos sabem fazer vinhos de qualidade e que, sua diversidade é mais importante do que uma "uva símbolo". Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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