No último domingo, 08 de março, foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres. A data entretanto, criada a partir de uma grande manifestação em uma fábrica de tecidos de Nova Iorque, é muito mais do que comemoração. O intuito é tentar diminuir e, quem sabe um dia, eliminarmos com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. De qualquer forma achei justo que pudesse propor as mulheres de minha vida um almoço diferente. No dia anterior, almocei com minha mãe em sua casa e pedi comida para que ela não se preocupasse. Já do dia 8 mesmo, fui a um de meus restaurantes preferidos com minha mulher, filha e sogra: o restaurante português Ora Pois.
Localizado na charmosa e aconchegante Serra da Cantareira, o restaurante Ora Pois é uma filial de uma casa já aclamada que existe até hoje na Vila Madalena, bem junto ao burburinho característico da região. Fundada por dois Lisboetas sonhadores, a casa conta com pratos típicos a preços competitivos e uma carta de vinhos honesta e com algumas opções interessantes. E destas opções, escolhemos o vinho Casal da Coelheira Tinto 2008, sobre o qual iremos falar um pouco hoje.
O vinho é produzido pela Quinta do Casal da Coelheira, um ambicioso projeto no Ribatejo que nos dias de hoje é uma paixão familiar de três gerações, que crescendo nas margens do rio Tejo, junto à Vila de Tramagal, e que se estende por uma área com cerca de 250 hectares, distribuídos entre vinhas e diversas culturas arvenses protegidas por uma pequena área de pinhal. A diversidade paisagística da propriedade tem permitido a permanência de algumas espécies cinegéticas - a perdiz, o pato bravo, o javali e, muito especialmente, o coelho, espécie abundante que teria dado origem ao nome da propriedade - a Quinta do Casal da Coelheira.
Sobre o Casal da Coelheira Tinto 2008, podemos complementar dizendo que o vinho é um corte das castas Alicante Bouchet, Touriga Nacional e Touriga Franca que é parcialmente
estagiado em carvalho Americano. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de grande intensidade, ligeiramente opaco e límpido. Lágrimas finas, rápidas, espassadas entre si e com alguma cor também compunham o aspecto visual.
No nariz o vinho mostrou aromas de frutos escuros, especiarias, flores e algo de tabaco.
Na boca o vinho mostrou corpo médio, boa acidez com taninos finos e redondos. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.
Mais um bom vinho português que provamos por aqui, sem duvida foi muito bem com os pratos a base de bacalhau que escolhemos. Eu recomendo a prova, do vinho e do restaurante.
Até o próximo!
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