Com certo atraso este mês, afinal a #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs tem por característica que seus membros postem todos sobre um mesmo tema no primeiro dia de cada mês, chegamos ao nosso post. Neste mês, o tema foi dado pelo Alexandre Frias, do blog Diário de Baco, em sua despedida da "presidência" desta confraria: "Como provamos muitos vinhos diferentes este ano, certamente um país deve ter chamado sua atenção de forma especial, seja pela característica dos vinhos ou até pela evolução em qualidade. Minha sugestão é de provamos um vinho do país que mais te impressionou em 2015. Pelo conjunto da obra, qual país levaria a taça em 2015?" E por uma série de motivos, mas mais do que nunca pela afinidade que desenvolvi com este país, minha escolha recaiu sobre os Estados Unidos com o vinho Siduri Russian River Pinot Noir 2012.
O vinho é produzido pela Siduri Wines, que também é o nome da deusa babilônica do vinho, que, na mitologia babilônica, trazia consigo o vinho para a vida eterna. Siduri é também a realização de um sonho que Adam Lee e Dianna Novy compartilham desde que se conheceram há 15 anos, no Texas, e perceberam então o amor mútuo pelos vinhos feitos a partir da uva Pinot Noir. Estimulados pela crença de que poderiam se tornar produtores de vinho e fazer seus próprios vinhos Pinot Noir, deixaram suas famílias e empregos no Texas e mudaram-se para Sonoma, região vinícola da Califórnia. Em 1994 foram lançados os vinhos Siduri que com seu primeiro lançamento já foram recebidos com grande sucesso de crítica. Atualmente a Siduri produz Pinot Noir single vineyard de mais de 20 diferentes vinhedos que se estendem do norte de Santa Bárbara até o Willamette Vally, no Oregon. Todo os vinhos Pinot Noir são produzidos sem filtragem e sem afinamento, em um esforço para maximizar a expressão destes muito diversos terroirs.
Falando um pouco do Siduri Russian River Pinot Noir 2012, podemos dizer que o vinho é feito 100% a partir de uvas Pinot Noir de diversas áreas do Russian River, a saber: Green Valley, Middle Reach, Laguna Ridge, Santa Rosa Plain e West side Road. Cada um destes lotes foi vinificado separadamente e depois é feito o corte final. A fermentação malolática aconteceu de forma espontânea. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de média intensidade, bom brilho e excelente limpidez. Lágrimas finas, rápidas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.
No nariz o vinho mostrou um perfil marcado de frutas vermelhas, aspectos terrosos que lembravam cogumelos e leve toque floral.
Na boca o vinho mostrou corpo médio, taninos sedosos e acidez na medida. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso.
Um belo Pinot Noir americano que, tem um pouco da tipicidade que se espera da uva e representa bem o local de onde vem. Mais um belo vinho degustado por aqui e mais uma missão cumprida pela #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs.
Até o próximo!
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