Sabe aquele dia em que você quer somente chegar em casa, tomar um vinho e ficar ao lado de quem lhe faz bem? Então, nestas ocasiões costumamos não escolher um vinho que te faça pensar, um vinho complexo e sim aquele vinho que te da prazer, que lhe trás saciedade e que te conforta. Foi nesta vibe que eu tirei o Woodbridge Zinfandel 2013 da adega. Vamos conhecer um pouco mais sobre o ícone (Mondavi) e sobre o vinho?
No início de 1900, Cesare e Rosa Mondavi, recém-casados vieram de Sassoferrato no norte da Itália, estabelecendo-se em Minnesota, nos Estados Unidos. Em 1919, a Lei Nacional de Proibição foi aprovada, proibindo a venda de álcool. Isso parecia incompreensível para famílias italianas, a quem o vinho foi era um elemento imprescindível da vida diária. Felizmente, uma brecha na lei permitiu que as pessoas produzissem 200 litros de vinho por ano para o consumo familiar. Cesare envolveu-se no negócio de transporte de uvas para vinho da Califórnia para os locais onde as mesmas seriam vinificadas e notou que a maioria das uvas estavam vindo de um lugar chamado "Lodi" na Califórnia. Percebendo uma oportunidade ele mudou com sua família, que neste momento também incluía um Robert Mondavi, começando seu próprio negócio de envio de uvas rumo ao leste do país para famílias ítalo-americanos. O primeiro trabalho de Robert foi pregar os caixotes que seriam utilizados para o transporte das uvas. Depois de estudar negócios e química na Universidade de Stanford e tendo um curso intensivo em viticultura e enologia na Universidade da Califórnia em Berkeley, Robert Mondavi mergulhou em todos os aspectos da indústria do vinho. Foi então que, mais de trinta anos atrás, Robert Mondavi estabeleceu uma cultura do vinho na América do Norte, colocando grandes vinhos da Califórnia na mesa de cada cidadão americano. Em 1979 ele estabeleceu a Woodbridge Winery perto de sua casa de infância de Lodi, Califórnia, para fazer vinhos com foco no consumo diário.
Sobre o Woodbridge Zinfandel 2013, podemos ainda acrescentar que é um vinho que, embora seja rotulado como varietal, tem uma série de outras uvas em pequenas porcentagens incluídas em sua composição final. Por fim, o vinho passa por algum tempo de maturação em carvalho francês e americano. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com algum brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e coloridas também se faziam notar.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, especiarias (pimentas e canela) e leve toque de ervas.
Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.
Mais uma boa opção de vinho americano a um bom custo considerando o mercado brasileiro (em torno de 50 dinheiros, comprado no Spani Atacadista). Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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