No último dia 17 de abril foi celebrado o Dia Internacional da Malbec, esta uva tão querida pelos brasileiros em geral e que, apesar de ter origem na França, alcançou prestígio e divulgação pelos vinhos vindos da Argentina. E muitas ações foram criadas para a divulgação e celebração desta data. O #MalbecWorldDay foi criado pela Wines of Argentina para tal e, expandindo as celebrações para todo o mês de abril, tivemos no último dia 28 de Abril um belo evento em um espaço inédito: o Vila Butantan, espaço de convivência para compras, lazer e gastronomia. E foi lá que degustei o vinho que falaremos por aqui hoje, que é o
A Bodega Colomé, produtora do vinho de hoje, foi fundada no ano 1831, provavelmente a cargo do governador espanhol de Salta, Nicolás Severo de Isasmendi e Echalar. No ano 1854, sua filha Ascensión, unida em matrimonio com José Benjamín Dávalos, introduziu na Colomé as videiras francesas Malbec pré-filoxera e Cabernet Sauvignon. Três vinhedos de 4 hectares cada um, os quais datam daqueles tempos, ainda produzem uvas que formam parte de vinho Colomé Reserva. A Bodega Colomé pertenceu às famílias Isasmendi-Dávalos ao longo de 170 anos. Em 1969, a família Rodó adquiriu a estância e a bodega, conservando-a durante 13 anos. Raúl Dávalos, descendente direto da família Isasmendi-Dávalos, recuperou a antiga propriedade da família no ano 1982 e a conservou até que o Grupo Hess a adquiriu em 2001. A partir de então plantaram vinhedos até chegar às 140 has atuais distribuídos em 4 estâncias, edificaram novas instalações para a bodega com a última tecnologia e equipamentos. Na atualidade a Bodega Colomé colhe e elabora mais de meio milhão de litros e exporta seus vinhos a mais de 25 países do Mundo.
Sobre o Colomé Lote Especial Malbec 2013, posso ainda acrescentar que é um vinho feito 100% com uvas Malbec de vinhedo único com mais de 10 anos de idade, alturas médias de 2300 metros acima do nível do mar e plantado em pé franco. Para envelhecimento e afinamento, o vinho passa por 12 meses em barricas de carvalho. Vamos finalmente as impressões?
Na taça o vinho apresentou coloração púrpura de grande intensidade, algum brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e coloridas se despendiam pela parede da taça,
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos negros, especiarias e chocolate.
Na boca o vinho era encorpado, com boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso.
Um belo vinho argentino, embora seja mais moldado ao estilo de vinhos do novo mundo, é também elegante e tem bom frescor o que o torna mais fácil de beber. Não fica pesado após os primeiros goles. Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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