Tuesday, May 10, 2016

Quinta de Chocapalha Tinto 2010

A Quinta de Chocapalha fica junto à Aldeia Galega, estendendo-se pelas colinas soalheiras do Alto Conselho de Alenquer, Região Demarcada a noroeste de Lisboa. As sua vinhas com longa historia, encontram-se referenciadas desde o século XVI pela sua excelência e pertenciam a Diogo Duff, escocês destinto com insignia "Torre e Espada"pelo Rei D. João VI. Alice e Paulo Tavares da Silva adquiriram-na na década de 80, tendo operado significativos investimentos nos 45 ha de vinhas. A introdução de novos métodos de cultivo, permitiu à família consolidar a qualidade e a reputação dos seus vinhos. A responsabilidade enológica está a cargo da filha do casal, a reputada Sandra Tavares da Silva. Só na vindima de 2000, momento em que as vinhas atingiram a sua maturidade e qualidade pretendida, decidiu-se proceder ao engarrafamento dos melhores vinhos aí produzidos. A charmosa casa sede desta quinta foi construída em 1780. A adega atual ficou pequena e tem 2 lagares com pisa a pé. Uma adega nova bem equipada, muito bonita e encravada no meio das vinhas, foi inaugurada nas vindimas de 2012. As tradições desta quinta foram preservadas. O número de lagares com pisa a pé foi aumentado para 4.


Já sobre o Quinta de Chocapalha Tinto 2010, podemos ainda acrescentar que é um corte das uvas Tinta Roriz, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet e Syrah, sendo que a fermentação foi feita em lagares, durante 12 dias, e com utilização de robô para pisa. O vinho estagiou durante 18 meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro usos. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi com reflexos granada, algum brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e em pouca quantidade também faziam parte do conjunto visual.

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos escuros em compota, flores e algo que me fez pensar em mineral, embora não conseguisse identificar ao certo o que era.

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos redondos. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e delicioso.

Mais um ótimo vinho português que conhecemos por aqui, degustado no nosso restaurante português mais querido, o Ora Pois na Serra da Cantareira. Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

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