Hoje venho aqui falar de um vinho que me surpreendeu a cada gole. Vejam, a uva Pinot Noir e seus vinhos (exceções feitas a alguns bons Borgonhas e outros tintos vindos da Nova Zelândia) nunca esteve entre as minhas preferidas. Por alguns motivos que nem fazem tanta diferença aqui. Mas este exemplar que trago aqui hoje realmente me fez repensar um pouco se eu devo dar mais uma chance e começar a provar sem preconceitos novamente. Vamos ver o que o Carmine Granata Pinot Nero 2015 nos mostrou.
A Bodega Carmine Granata é uma empresa familiar, fundada em 1931 por Carmine Granata, um imigrante italiano, no departamento de Luján de Cuyo em Mendoza, na Argentina. As vinhas, com mais de 80 anos de vida, são reconhecidas por sua produção de uvas de alta qualidade, possível graças as condições climáticas ideais em que se encontram e pelas excelentes características de seu sistema de formação do solo, além do método de irrigação, cujas vinhas são irrigadas com a água de degelo proveniente dos Andes. Tanto a adega e as vinhas passaram por uma evolução constante com a adição de avanços tecnológicos: unidades de refrigeração, tanques de aço inoxidável, barricas de carvalho francês e filtros de última geração maximizaram a elaboração, armazenagem e acabamento de vinho. A capacidade de armazenamento da adega é de 1,75 milhões de galões, e a produção é de 400.000 galões em 277 acres. Após a sua morte, este pioneiro da indústria do vinho, deixou os seus ideais com seus descendentes. Hoje, a terceira geração projeta seus pontos de vista e continua a produzir vinhos de primeira classe para o mundo.
Já sobre o Carmine Granata Pinot Nero 2015, podemos acrescentar que é um vinho produzido 100% com uvas Pinot Noir (aqui por influência da descendência do produtor, foram chamadas de Pinot Nero) de vinhedos cuja altura média chega a 900 metros acima do nível do mar. Para afinamento/envelhecimento, o vinho passa por 6 meses em barricas de carvalho francês. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou coloração rubi de média intensidade com bom brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, rápidas e incolores também se faziam notar.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, couro, toques terrosos e de folhas secas.
Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso.
Um belo exemplar argentino de vinho com a uva Pinot Noir, com bastante tipicidade sem deixar de carregar características do terroir argentino. Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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