Hoje voltamos a Toscana, mais um vez, com aquela vontade de não somente degustar seus vinhos mas de estar de volta àquelas paisagens estonteantes e a alguns dos momentos que mais marcaram minha vida. E nada melhor do que revisar a Toscana degustando um belo vinho vindo de lá, que é o Leone Rosso IGT 2012. Este vinho pode ser considerado um Super Toscano, expressão esta criada para designar vinhos elaborados na região da Toscana, obviamente, mas que usam em sua composição majoritariamente (quando não somente) uvas ditas internacionais em detrimento as uvas autóctones da região (majoritariamente Sangiovese) e portanto, não se encaixarem nas DOCs previamente existentes. Vamos ver o que mais conseguimos saber sobre este vinho?
Propriedade da família Renzis Sonnino desde meados de 1800, o Castello Sonnino, produtor do vinho em questão, era a casa do grande estadista Sidney Sonnino durante os anos de seus governos. Em 1987, a chegada dos Barões Alexandre e Catherine com seus filhos, Virgínia e Leone, marca o início de uma nova temporada. O trabalho de conservação, o compromisso com a proteção do patrimônio histórico e cultural e a retomada do vinho tornaram-no atualmente um dos maiores produtores de Chianti florentino. Localizado em uma região privilegiada, a 20km de Florença, perto das cidades de Siena e Pisa, além de vinhos, a azienda produz azeites de oliva extra virgem de grande qualidade. Sob o comando do barão Alessandro de Renzis Sonnino, o Castello também funciona como hotel e conta com um elegante restaurante.
Sobre o Leone Rosso IGT 2012, podemos ainda acrescentar que é um vinho feito a partir das uvas 60% Syrah, 20% Sangiovese, 10% Canaiolo e 10% Ancellotta sem passagem por madeira. O vinho é fermentado e envelhecido em tanques de cimento por 6 meses, com posterior afinamento de 2 meses em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de média para grande intensidade, bom brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, espaçadas e ligeiramente coloridas se faziam notar.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros e vermelhos, notas lácteas sob um fundo com lembrança de especiarias.
Na boca o vinho apresentou corpo médio, excelente acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era longo e saboroso.
Mais um belo vinho vindo da região da Toscana, aquela que insiste em não sair das lembranças. E que bom que é assim. Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
Fontes de pesquisa: site do produtor e www.seloreserva.com.br
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