As sobras de cascas, sementes e caules das uvas, não triturados, durante o processo de vinificação é chamado de "bagaço". Este mesmo termo pode ser empregado nas sobras do processo produtivo de azeite de oliva ou suco de maçã, por exemplo.
Vale ressaltar que o bagaço é diferente de borras e sedimentos, que também se referem a sobras sólidas de partes da uva pontos diferentes do processo produtivo do vinho. Às vezes o bagaço é uma ferramenta muito útil, como por exemplo em um vinho italiano chamado ripasso, onde o bagaço é acrescentado em sua fermentação para aumentar a intensidade e complexidade deste vinho.
Quando se trata de sobra de bagaço, se é uma grande vinícola com um monte de bagaço disponível, existem alguns empreendimentos comerciais que reciclam esses sólidos. O bagaço pode ser processado em alguns tipos de subprodutos: creme de tártaro, destilado em bebidas como grappa, moído em extrato de tanino em pó, utilizado como corante alimentar ou transformado em alimentos para animais. As sementes de uva podem ser separadas e prensadas para se obter óleo de semente de uva. Já ouvi a respeito do cozimento de farinha, cosméticos e tratamentos de spa e esfoliações feitas a partir de bagaço de uva. Até mesmo extração de gás metano já foi tentado com algum sucesso a partir destas sobras. Em vinícolas com operações menores, o bagaço é normalmente adicionado a sua pilha de compostagem e usado como adubo. Durante a colheita, é possível ver enormes pilhas de bagaço em algumas vinícolas, muitas vezes em bolos secos de sólidos com cheiro de vinho.
Espero que esta matéria possa ter sanado um pouco da curiosidade de alguns de vocês, caríssimos leitores. Se tiverem dúvidas e/ou sugestões, por favor deixem nos comentários.
Até o próximo!
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