Friday, September 2, 2016

Marchese Montefusco Syrah 2012

No Vale de Belice, no rescaldo do terremoto que marcou profundamente a vida de quem viu os sacrifícios de uma vida destruída em poucos segundos, um grupo de jovens enólogos decidiu fornecer uma perspectiva diferente do que a própria natureza tinha reservado para eles. A Cantine Ermes, produtora do vinho de hoje, foi fundada em 1998, na Sicília, em Santa Ninfa na província de Trapani a partir da ideia de um grupo de viticultores para empreender um caminho comum de compartilhamento, de trabalho e de resgate. No coração da Sicília, em um terroir único, caracterizado por diferentes microclimas e uma variedade de origens geológicas dos solos, seus membros cultivam com grande cuidado e respeito ao meio ambiente, as variedades autóctones mais importantes e reconhecidas, como Nero d ' Avola, Grillo, Catarratto, Inzolia, Zibibbo e Grecanico que são ladeados por videiras que foram introduzidas mais tarde, como a Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Frappato, Nerello Mascalese, Sangiovese, Pinot Grigio e Sauvignon Blanc. Hoje a Cantine Ermes é a referência do setor do vinho local com uma produção de cerca de 5000 hectares e uma comunidade de 1.200 membros que todos os dias cultivam as suas vinhas.


Já sobre o Marchese Montefusco Syrah 2012, podemos acrescentar que é um vinho feito 100% com uvas Syrah provenientes de vinhedos que estão situados a cerca de 200 - 300 metros acima do nivel do mar na Colline di Gibellina. O vinho é amadurecido em tanques de aço inoxidável por 4 meses e com mínimo contato com madeira para preservar o frescor da fruta. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou coloração rubi violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez. Lágrimas finas, rápidas e sem cor se faziam presentes nas paredes da mesma.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, florais, especiarias com leve toque de baunilha e madeira ao fundo. 

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos macios e totalmente integrados com o restante do conjunto. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Um bom exemplar de vinho a partir da casta Syrah que foge um pouco deste "modelo"  novo mundista, porradão e com aquela geléia no nariz e na boca levando-se em conta ainda a região da onde o vinho vem, pouco usual quando falamos desta casta. Recomendo fortemente que provem.

Até o próximo!

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